domingo, 17 de abril de 2011

Água em acampamento - Quem são os vilões invisíveis e como combatê-los?

Em continuação a primeira parte da instrução "Água em acampamento - Quais os cuidados?" Vamos dar seguimento com o tema: Quem são os vilões invisíveis e como combatê-los? 


O corpo humano é composto de mais de 70% de água e, quando perde líquido, perde não apenas água mas sais minerais também. Assim, quando ele sente sede, significa que precisa não apenas d'água mas de sais minerais também (por isso o sucesso das bebidas isotônicas). E, se a água for poluída, ela não apenas matará a sede como poderá contribuir com algumas doenças desagradáveis. Então, melhor conhecer bem o "inimigo" e aprender a tratá-la de forma adequada. Assim, mesmo a água de uma travessia como a clássica Petrópolis-Teresópolis, que já está com praticamente todos os seus pontos d'água poluídos por visitantes descuidados, pode ser consumida. 
Dizem que, se você começa a sentir sede, é um sinal que seu corpo já está desidratado. Beba antes de senti-la. Para isso, defina um tempo (curto) e siga-o à risca. Por exemplo, tome um gole de uma garrafa pequena, sempre ao alcance da mão, de quinze em quinze minutos. O alarme do relógio pode te ajudar a lembrar com precisão esta importante tarefa. Uma boa idéia pode ser deixar a sua garrafa na mochila do companheiro, para facilitar no acesso à mesma (mas isso só vale se vocês caminham no mesmo passo), o que te dará um trabalho a menos na hora de esticar a mão para pegar a garrafa e beber (quando o tempo é curto, tirar a mochila consome preciosos segundos que podem ser usados em coisas mais importantes).
Um rio cristalino correndo no meio de um vale pode esconder impurezas que nós não vemos, como um animal se banhando ou usando o rio como banheiro um pouco acima de onde você está. Desta forma, aquela água "limpinha" e fresca que você acaba de pegar pode estar contaminada, mesmo que não pareça. Por isso, é fundamental saber tratá-la corretamente. Seguem algumas dicas de como se purificar a água deixando-a perfeita para o consumo:


Opções de tratamento da água:
A maioria das contaminações patogênicas causadas por microorganismos presentes na água é causada por:

1. Protozoários - inclui Cryptosporidium e Giardia (que causa giardíase). Todos os protozoários são maiores que 1 micron.
2. Bactérias - causam doenças como diarréia e disenteria. A maioria das bactérias são do tamanho de 0.5 micron, sendo que algumas como a Campylobactor chegam a 0.3 micron ou menores ainda.
3. Vírus - causam doenças como hepatite e polio, entre outras. Estão concentrados nos países em desenvolvimento.   



 As defesas:
1. Ferver - destrói todos os patogênicos. O tempo recomendado vai de 3 a 10 minutos. 

2. Tratamentos Químicos:
a. Iodo - mata bactérias e vírus. Alguns protozoários como a Cryptosporidium são resistentes ao iodo. Por isso, não deve ser o único meio de tratamento, sendo bastante eficiente quando usado junto com o uso de filtros. Águas mais frias e/ou escuras pedem uma concentração maior de iodo ou mais tempo para fazer efeito. Grávidas e pessoas com problemas de tireóide não devem usar este método. Para a maioria das pessoas, o risco é pequeno se usado apenas durante duas ou três semanas continuamente.
b. Filtros - remove os patogênicos maiores. Alguns removem protozoários e bactérias maiores (cerca de 0.5 microns ou menores). Como os vírus são muitas vezes menores que as bactérias, você não deve depender apenas deles.
c. Purificadores - consiste em um ou mais estágios de filtragem da água, pegando os patogênicos maiores, juntamente com o iodo ou outro elemento que inativa os vírus. Este método se tornando muito popular como uma das melhores formas de se tratar a água ao ar livre. Entretanto, algumas reclamações foram feitas dizendo que o iodo não teve o desempenho propagado nas especificações.

Escolhendo um método de tratamento:
O dióxido de cloro é o tratamento que menos trabalho dá ao usuário e protege contra protozoários, bactérias e vírus. É facilmente adaptável a qualquer quantidade de água. Mais leve e compacto que uma garrafa d'água cheia, um kit de dióxido de cloro funciona bem até para ser usado apenas durante o dia (caminhadas curtas feitas com mochila de ataque). O custo inicial é baixo mas pode ser caro se for tratar quantidades muito grandes de água.
Outra opção para tratar os três tipos de patogênicos é, primeiro, tratar a água com iodo e, depois, filtrá-la. Se você se preocupa com a exposição ao iodo, você pode usar um filtro com carvão, que chega a remover entre 90 e 98% do iodo, reduzindo a exposição, o gosto e o cheiro ao mesmo, mas tenha certeza de não ter filtrado a água antes do iodo ter tempo suficiente para agir. 

Até os filtros mais baratos protegem contra protozoários e bactérias. Eles são uma ótima opção para aqueles que não precisam de proteção contra vírus, usam-no apenas ocasionalmente, viajam em grupos pequenos ou fazem viagens pequenas e não querem colocar químicos em sua água. 

Filtros mais caros também não usam químicos - geralmente, eles filtram muito mais litros d'água que os filtros baratos, antes de ser obrigado a trocá-lo. Isto acaba economizando dinheiro e peso no fim das contas e fazem deles a melhor opção para usuários freqüentes, viagens longas e/ou grupos grandes.

Comparação dos tratamentos de água:

Método/Patogenia
Protozoário
Bactéria
Vírus
Ferver (3/10 min)
Sim
Sim
Sim
Iodo
A maioria exceto Cryptosporidium
Sim
Sim
Dióxido de Cloro
Sim
Sim
Sim
Filtro (1 micron)
Sim
Não
Não
Filtro (0.2 micron)
Sim
Sim
Não
Filtro (0.5 micron)
Sim
A maioria exceto Campylobactor
Não
Filtro (1 micron ou menor usado com iodo)
Sim
Sim
Sim

sábado, 16 de abril de 2011

Água em acampamento - Quais os cuidados?

A prática de camping é uma alternativa barata para quem quer viajar e curtir a natureza, além de ser uma ótima maneira de fazer novas amizades. No entanto, algumas precauções são necessárias para voltar apenas com boas histórias na bagagem. Um dos principais cuidados ao acampar é a atenção redobrada à procedência da água no lugar do camping ou aos arredores.


 “Muitas pessoas não dão importância à qualidade da água que ingerem até passar por alguma experiência desagradável, como ser acometido por uma diarréia ou outras  infecções no meio de uma viagem”, afirma o farmacêutico Edson Chaves, diretor da FSW, empresa especializada em lançar novas tecnologias no mercado brasileiro na área de saúde.

 Normalmente, a maioria das áreas de camping sofre com algum tipo de contaminação, principalmente na alta temporada e feriados prolongados, devido ao fluxo de visitantes. Fezes, restos de comida e resíduos de produtos de higiene podem contaminar o lençol freático e cursos de água próximo ao acampamento. Por isso, é indispensável verificar se você está coletando a água em um local confiável.

 Embora, em quase todos os lugares você possa encontrar água mineral à venda, nem sempre adquirir esta água é a atitude mais acertada. Além de não se ter certeza da origem dela, a idéia é economizar e não dar para incluir mais este gasto diário no orçamento da viagem, não é?
 
Purificação de água
A purificação da água ou potabilização é um processo que consiste no tratamento da água, a fim de remover os contaminantes que eventualmente contenha, tornando-a potável, isto é, própria para o consumo humano.
Dependendo da fonte da água, uma grande variedade de técnicas poderá ser empregada para esse fim.
Um dos nomes dado às unidades onde é feita a purificação de água é "estação de tratamento de águas", um nome que também é aplicado às unidades de tratamento de água residuais".

 Fontes da água potável
A água para consumo público ou privado pode ser obtida de diversas fontes:
  • Água subterrânea profunda - aquela que emerge de alguns poços localizados profundamente no subsolo. Esta terá sido filtrada naturalmente pelas camadas de solo e de rochas, sendo normalmente rica em carbonatos e em cálcio, magnésio, cloretos, além de pequenas quantidades de ferro ou de manganês, o que torna esta água especialmente agradável para beber e cozinhar. Se as dosagens dos elementos químicos forem excessivas para o consumo humano elas podem requerer algum tipo de tratamento especial.
  
  • Água de lagos e reservatórios elevados - localizados na superfície terrestre, em áreas elevadas, onde são restritas as possibilidades de contaminação, se forem devidamente protegidas.



  • Águas de rios, canais e reservatórios de planície - na superfície terrestre, em áreas mais baixas, onde são maiores as possibilidades de poluição ou de contaminação.


 
Nestes casos o tratamento, numa Estação de Tratamento de Água pode ficar mais complexo e caro.
 
Assim vamos conhecer os métodos de tratamento da água:
  • ·         Separação/Filtração - embora não sejam suficientes para purificar completamente a água, é uma etapa preliminar necessária.
  • ·         Filtros de areia rápidos - o uso de filtros de areia de acção rápida, é o tipo mais comum de tratamento físico da água, para os casos de água de elevada turvação. Em casos em que o gosto e o odor possam vir a constituir um problema, o filtro de areia pode incluir uma camada adicional de carvão activado. Recorde-se que os filtros de areia ficam obstruídos após um período de uso e devem ser lavados.
  • ·         Desinfecção - A maior parte da desinfecção de águas no mundo é feita com gás cloro. Porém, outros processos tais como hipoclorito de sódio (água sanitária) , dióxido de cloro, ozônio ou luz ultravioleta, também são utilizados em menor escala, dada a complexidade, alto custo e eficácia aquém das necessidades sanitárias do mundo atual. Antes de ser bombeada para os tanques de armazenamento e para o sistema de distribuição aos consumidores, equipamentos de cloração garantem a manutenção de uma quantidade de cloro residual, que continua exercendo a sua função de desinfectante até o destino final. A cloração de águas para consumo humano é considerada um dos maiores avanços da ciência nos últimos dois séculos, podendo ser comparada com a descoberta da penicilina ou mesmo a invenção do avião.


  • ·         Coagulação ou floculação - Neste processo as partículas sólidas se aglomeram em flocos para que sejam removidas mais facilmente. Este processo consiste na formação e precipitação de hidróxido de alumínio (Al(OH)3) que é insolúvel em água e "carrega" as impurezas para o fundo do tanque.
Primeiramente, o pH da água tem que ser elevado pela adição ou de uma base diretamente, ou de um sal básico conhecido como barrilha (carbonato de sódio):
  • Base: NaOH(s) Na+(aq) + OH-(aq)
  • Sal básico: Na2CO3(s) 2 Na+(aq) + (CO3)2-(aq)
    • CO32-(aq) + H2O(l) HCO3-(aq) + OH-(aq)
Após o ajuste do pH, adiciona-se o sulfato de alumínio, que irá dissolver na água e depois precipitar na forma de hidróxido de alumínio.
  • Dissolução: Al2(SO4)3(s) 2 Al3+(aq) + 2 (SO4)3-(aq)
  • Precipitação: Al3+(aq) + 3 OH-(aq) Al(OH)3(s)
Sedimentação: os flocos formados vão sedimentando no fundo do tanque "limpando" ela.
  
Outros métodos de purificação da água
 Outros métodos para purificar a água, especialmente para fontes locais são a destilação e a osmose, embora envolvam custos elevados e manutenção complexa.

Para uso doméstico, utilizam-se desde a antiguidade:
  • Fervura - A água é aquecida até ao ponto de ferver, mantendo-se a fervura por, pelo menos, cinco minutos, tempo suficiente para inactivar ou matar a maior parte dos microorganismos que nela possam existir. Este tipo de tratamento não elimina o vírus da hepatite A que só é destruído a mais de 120 graus Celsius.
   
 
  • Filtração por carbono - Utilizando-se carvão de lenha, um tipo de carbono com uma extensa área, que absorve diversos compostos, inclusive alguns tóxicos. Filtros domésticos podem ainda conter sais de prata.


 
  • Destilação - O processo de destilação envolve ferver a água transformando-a em vapor. O vapor de água é conduzido a uma superfície de refrigeração onde retorna ao estado líquido em outro recipiente. Uma vez que as impurezas (solutos) não são vaporizados, permanecem no primeiro recipiente. Observe-se que mesmo a destilação não purifica completamente a água, embora a torne 99,9% pura.  
Tipos de destilação acesse http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=2&id=585


Fontes: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Purifica%C3%A7%C3%A3o_de_%C3%A1gua





Ai, vocês me perguntam: 
Como posso usar algum desses métodos para evitar sensações indesejáveis em um acampamento?
Vejam na segunda parte de nossa matéria com o tema:
Água em acampamento - Quem são os vilões invisíveis e como combatê-los?
Obrigado a todos e tenham uma ótima Instrução!
MARANATA!
 

domingo, 10 de abril de 2011

Faça sua escolha: Voe como as águias ou ande como as galinhas

Era uma vez uma grande montanha onde as águias tinham seus ninhos.

Um dia, um tremor de terra fez com que um dos ovos de águia rolasse montanha abaixo. Ele rolou até parar no terreiro de uma fazenda ao pé da montanha.
As galinhas, como sempre muito responsáveis, decidiram cuidar do ovo e uma galinha mais velha ficou com a incumbência de chocá-lo e cuidar da educação da pequena ave.

Após algumas semanas, o ovo se abriu e uma bela águia nasceu. Infelizmente, a pequena águia foi criada como uma galinha e passou a acreditar que era mais uma ave do galinheiro da fazenda. A águia amava seu lar e sua família, mas, intimamente, seu espírito sonhava com algo mais.
Um dia, enquanto ciscava o chão à procura de insetos, a águia olhou para o céu e viu um grupo de poderosas águias voando muito alto. “OH”, a águia gritou, “como eu gostaria de voar como aquelas aves”. As galinhas riram e zombaram:

“Você não pode voar como aquelas aves. Você é uma galinha, e galinhas não voam”.

A águia continuou a mirar sua verdadeira família, sonhando que poderia estar lá em cima com aquelas belas aves.
Mas toda vez que ela revelava seus sonhos, era lembrada que isto não era possível. Isto foi o que a águia aprendeu a acreditar. Com o passar do tempo, a águia parou de sonhar e continuou a viver sua vida de galinha. Finalmente, após muitos anos vivendo como galinha, a águia morreu (autor desconhecido).

Moral da história: você se torna naquilo que você acredita que é. Assim, se você sonha que é uma águia, siga seus sonhos e não os conselhos das galinhas. Ilustra uma das formas mais comuns de bloqueios à criatividade, os bloqueios culturais: barreiras que impomos a nós mesmos, geradas por pressões da sociedade, cultura ou grupo a que pertencemos.

6 coisas que o seu gato não deve comer

Os gatos, quando entram na vida de alguém, partilham tudo: o cantinho no sofá, a almofada na cama, o banco da mesa da cozinha… mas se há uma coisa que não devem partilhar com os donos são os alimentos. Conheça 6 coisas que não deve dar de comer ao seu gato, nem deixar por perto… sabe como os gatos são curiosos… e gulosos!







  1. Chocolate: o chocolate é um dos alimentos mais perigosos que se pode dar a um felino! Fica desde já a saber que quando em contacto com o nosso organismo, o chocolate pode revelar-se tóxico. O resultado? Um gato que vomita, treme, tem muita sede, apresenta uma temperatura corporal mais elevada e um batimento cardíaco mais acelerado ou irregular, está irrequieto, agitado ou tem convulsões. Como já deu para perceber, o chocolate estimula o coração e o sistema nervoso dos gatos, algo que dispensamos uma vez que não há animal mais zen do que nós… custa-nos muito admitir isto mas, somos anti-chocolate!
  2. Uvas frescas/uvas passas: a fruta faz bem, mas não aos gatos! As uvas são particularmente venenosas para os felinos, podendo causar danos irreversíveis nos nossos rins. Alguns dos sintomas associados ao consumo de uvas frescas e/ou uvas passas são o aumento da sede e da urinação, vómitos e estado letárgico. As uvas e os gatos não combinam, por isso, só temos uma coisa a dizer quanto a isso: miau!
  3. Abacate: ainda no que toca a sabores de fruta, os abacates também não combinam bem com o sistema digestivo dos gatos devido à presença de uma toxina denominada “persin” e que pode danificar o músculo cardíaco. Alguns dos possíveis efeitos secundários incluem: vómitos, diarreia, dificuldades respiratórias e letargia. Confessamos que entre abacate e comida de gato, preferimos a nossa!
  4. Cebolas e alhos: demasiado forte para o organismo felino, quando ingeridas por gatos, as cebolas e os alhos atuam ao nível das células vermelhas, danificando-as e desencadeando uma anemia. Se o seu gato ingerir acidentalmente (ou propositadamente, sabemos bem que alguns gatos são muito malandros!) algum pedaço de cebola ou alho, esteja atento aos seguintes sintomas: fraqueza, vómitos e urina vermelha. Se tudo isso não bastasse, também nós dispensamos as cebolas e os alhos – não queremos comprometer a nossa beleza e postura com esse terrível mau hálito…
  5. Leite de vaca: embora seja um debate contínuo (e que nós temos seguido atentamente!), a verdade é que o leite de vaca não é apropriado para a maioria dos gatos, uma vez que estes revelam-se intolerantes à lactose. Se o seu felino ingerir leite de vaca ou outros laticínios, esteja vigilante a eventuais indisposições como vómitos e/ou diarreia. Se quiser dar leite ao seu gato, opte sempre por um leite especificamente concebido para gatos e apenas esporadicamente, nunca em substituição de uma refeição ou de água. Mesmo que seja em pequenas quantidades, gostamos muito desse leite que se pode comprar na loja dos animais e pelos vistos não faz mal nenhum!



7 - Bebidas alcoólicas: é por razoes muito óbvias que o álcool não deve fazer parte da dieta alimentar de um gato, mas podemos acidentalmente beber algo que não devíamos se cair no chão da cozinha por exemplo. Seja vigilante porque as bebidas alcoólicas afetam negativamente o sistema nervoso de qualquer felino, deixando-o desorientado, letárgico, sem coordenação, com vómitos, diarreia, dificuldades respiratórias, tremores e, em casos mais graves, pode desencadear convulsões e até um estado de coma. Quando em dúvida, ligue ao Dr. Veterinário – ele sabe sempre o que fazer!




Um documentário bem legal é o
" TUDO SOBRE GATOS"
feito pela Discovery Channel




Faça o download em power point e saiba mais sobre essas coisinhas fofinhas e adoráveis!

Obrigado a todos e tenham uma ótima Instrução!!!

Fiquem com Deus!